Quantas informações você recebe por dia sobre Alimentação? "Como se alimentar", "o que comer", "que horas comer", "o que não comer", "as propriedades dos alimentos", "do que o nosso corpo precisa", "do que o nosso corpo não precisa".
Falar sobre comida todas as gerações sempre falaram, afinal comer é algo que o ser humano sempre fez. Comer é intrínseco a nós. Contudo, pode-se dizer que a forma como o comer é retratado modifica-se de geração para geração. Modifica-se de forma entrelaçada às aspirações da humanidade e com as nossas mudanças de comportamento. Não falamos de comida da mesma forma que há 80, 50 ou 10 anos.
Em que você pensa quando você sabe que o tema alimentação será abordado? Desde o fim do século XX, alimentação e saúde é tratada de forma quase que inseparável: você come para ficar doente ou você come para não ficar doente. É mais ou menos assim, não é? Na mídia, nos jornais, nas revistas, nas academias, em muitos blogs e perfis de redes sociais é assim. Mas e no seu dia a dia? Você não come por mais nenhum motivo?
(google.imagens)
Na verdade, os motivos pelos quais comemos são bem mais complexos e envolvem prazer, sociabilização, formação de laços, memórias afetivas, sentimentos como ansiedade, tristeza ou alegria, Não buscamos comida apenas quando temos fome, buscamos quando o homem da pamonha avisa que está por perto, comemos porque nossa mãe/vó/vizinha ofereceu, comemos porque vamos assistir a um filme. Comemos de forma complexa!!!!!! Por isto, falar de alimentação não pode se restringir a nutrientes ou propriedades funcionais. Falar de forma tão restritiva do comer choca-se com nossos instintos. Você já parou para pensar que o número de alimentos com propriedades mágicas só crescem, assim como as dietas milagrosas, assim como os diversos programas de televisão que nos "ensinam" sobre o que fazer diante de um prato?Porém o número de obesidade no mundo também não para de crescer.
Nosso corpo nos diz quando precisamos comer, nos diz quando podemos parar, nos diz o que comer!!! Nosso corpo fala conosco, e de forma bem mais eficaz do que muitos desses programas expert em alimentação. O problema é que desaprendemos a nos ouvir!! E para alguns o fato de não nos ouvirmos é ótimo! É bem mais lucrativo poderem dar-nos supostas respostas.A culpa não é sua se você não segue algo que não faz sentido prático para você! Aliás, parece até óbvio que você não o siga.
"(..)Comer normal é principalmente ter três refeições por dia, ou quatro ou cinco, ou pode ser a escolha de petiscar ao longo do caminho. É deixar alguns biscoitos no prato porque você sabe que pode ter alguns novamente amanhã, ou é comer mais agora porque o gosto é tão maravilhoso.
* Comer normal é comer demais, às vezes, se sentindo muito cheio e desconfortável. E pode ser não comer o suficiente, às vezes, desejando ter tido mais.
* Comer normal é confiar no corpo para compensar os seus erros de alimentação.
* Comer normal leva um pouco do seu tempo e da sua atenção, mas mantém o seu lugar como apenas uma área importante da sua vida.
Em suma, comer normal é flexível. Varia em resposta a sua fome, sua agenda, sua proximidade com a comida e os seus sentimentos.” (Tradução da definição dada por Ellyn Satter -Nutricionista e autora norte-americana)
Você quer alguma mudança? Ótimo, mudanças são bem-vindas. Porém precisam ser organizadas de forma processual e cabível para sua realidade! Tenha perto de você sempre um profissional realmente habilitado para isso. Já que o comer é amplo e complexo, precisamos respeitá-lo como tal, e assim nos respeitar!!
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