Arquivo do blog

terça-feira, 18 de agosto de 2015

A Era do bombardeio sobre Alimentação

  Quantas informações você recebe por dia sobre Alimentação? "Como se alimentar", "o que comer", "que horas comer", "o que não comer", "as propriedades dos alimentos", "do que o nosso corpo precisa", "do que o nosso corpo não precisa". 
Falar sobre comida todas as gerações sempre falaram, afinal comer é algo que o ser humano sempre fez. Comer é intrínseco a nós. Contudo, pode-se dizer que a forma como o comer é retratado modifica-se de geração para geração. Modifica-se de forma entrelaçada às  aspirações da humanidade e com as nossas mudanças de comportamento. Não falamos de comida da mesma forma que há 80, 50 ou 10 anos.   

     Em que você pensa quando você sabe que o tema alimentação será abordado? Desde o fim do século XX, alimentação e saúde é tratada de forma quase que inseparável: você come para ficar doente ou você come para não ficar doente. É mais ou menos assim, não é? Na mídia, nos jornais, nas revistas, nas academias, em muitos blogs e perfis de redes sociais é assim. Mas e no seu dia a dia? Você não come por mais nenhum motivo?

(google.imagens)

      Na verdade, os motivos pelos quais comemos são bem mais complexos e envolvem prazer, sociabilização, formação de laços, memórias afetivas, sentimentos como ansiedade, tristeza ou alegria, Não buscamos comida apenas quando temos fome, buscamos quando o homem da pamonha avisa que está por perto, comemos porque nossa mãe/vó/vizinha ofereceu, comemos porque vamos assistir a um filme. Comemos de forma complexa!!!!!! Por isto, falar de alimentação não pode se restringir a nutrientes ou propriedades funcionais. Falar de forma tão restritiva do comer choca-se com nossos instintos. Você já parou para pensar que o número de alimentos com propriedades mágicas só crescem, assim como as dietas milagrosas, assim como os diversos programas de televisão que nos "ensinam" sobre o que  fazer diante de um prato?Porém o número de obesidade no mundo também não para de crescer. 

      Nosso corpo nos diz quando precisamos comer, nos diz quando podemos parar, nos diz o que comer!!! Nosso corpo fala conosco, e de forma bem mais eficaz do que muitos desses programas expert em alimentação. O problema é que desaprendemos a nos ouvir!! E para alguns o fato de não nos ouvirmos é ótimo! É bem mais lucrativo poderem dar-nos supostas respostas.A culpa não é sua se você não segue algo que não faz sentido prático para você! Aliás, parece até óbvio que você não o siga.   

"(..)Comer normal é principalmente ter três refeições por dia, ou quatro ou cinco, ou pode ser a escolha de petiscar ao longo do caminho. É deixar alguns biscoitos no prato porque você sabe que pode ter alguns novamente amanhã, ou é comer mais agora porque o gosto é tão maravilhoso.
* Comer normal é comer demais, às vezes, se sentindo muito cheio e desconfortável. E pode ser não comer o suficiente, às vezes, desejando ter tido mais.
* Comer normal é confiar no corpo para compensar os seus erros de alimentação.
* Comer normal leva um pouco do seu tempo e da sua atenção, mas mantém o seu lugar como apenas uma área importante da sua vida.
Em suma, comer normal é flexível. Varia em resposta a sua fome, sua agenda, sua proximidade com a comida e os seus sentimentos.” (Tradução da definição dada por Ellyn Satter -Nutricionista e autora norte-americana)

     Você quer alguma mudança? Ótimo, mudanças são bem-vindas. Porém precisam ser organizadas de forma processual e cabível para sua realidade! Tenha perto de você sempre um profissional realmente habilitado para isso. Já que o comer é amplo e complexo, precisamos respeitá-lo como tal, e assim nos respeitar!! 





Nenhum comentário:

Postar um comentário