A Doença Celíaca trata-se de uma doença autoimune, na qual o sistema imunológico do indivíduo entende o glúten como um corpo estranho. Nestes casos, o consumo de alimentos com glúten provoca alteração na parede intestinal do indivíduo, gerando uma série de sintomas e consequências, como deficit de nutrientes devido à má absorção, quadros de diarreia, desconforto abdominal, excesso de formação de gases entre vários outros sintomas. O único tratamento eficaz comprovado atualmente para a doença é a dietoterapia, na qual há exclusão do glúten da dieta (exclusão de alimentos que contenham trigo, cevada, aveia ou centeio).
Você consegue imaginar a variedade de preparações culinárias que são excluídas ao retirarmos estes ingredientes? Desde a cerveja convencional até alimentos que carregam em si um caráter religioso e espiritual (como a hóstia ofertada no momento da comunhão durante as missas católicas). Os estudos na área crescem muito, facilitando a condução do tratamento e melhorando a qualidade de vida desses sujeitos. Apesar do "boom" em relação aos adeptos à dieta sem glúten, influenciados muitas vezes inclusive por profissionais de saúde na mídia, este tipo de dieta é de condução difícil e nada aconselhável para quem realmente não tem a digestibilidade do glúten comprometida (escreverei um outro post sobre os riscos de fazer a dieta sem acompanhamento e/ou sem necessidade).
É justamente por essa dificuldade em encontrar alimentos que sejam prazerosos e aceitáveis que trago como boa notícia a pesquisa da Nutricionista Fernanda Garcia dos Santos. A nutricionista apresentou pelo programa de mestrado da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) - Santos a pesquisa intitulada "Inovação para o desenvolvimento de pães sem glúten de boa qualidade tecnológica, sensorial e nutricional: contribuições para o tratamento dietético dos doentes celíacos e demais intolerantes ao glúten" durante o XXVIII Prêmio Jovem Cientista, em Maio deste ano. A Nutricionista em sua pesquisa formulou um pão sem glúten com alta aceitabilidade sensorial e composição nutricional interessantíssima! Ela foi ganhadora do terceiro lugar no prêmio.
Na pesquisa, a Nutricionista juntamente com as outras estudantes envolvidas puderam elaborar um pão no qual não seja produzido o glúten no momento de seu processamento (utilizaram farinhas integrais de sorgo, trigo sarraceno e grão de bico, além das de arroz e fécula de batata). O pão alcançou aceitabilidade sensorial (cor, textura, sabor, aroma) desejáveis. O pão continua sendo aperfeiçoado pelo grupo de pesquisa responsável e em breve esperamos que seja comercializado para a felicidade dos celíacos!!!
As pesquisas e os estudos em Nutrição não param, os avanços são constantes e de extrema importância para toda a comunidade! Por isso, rever e aperfeiçoar nossa atuação se faz necessária sempre. Contem com profissionais da área para lhe auxiliarem a encontrar a forma de se alimentar mais saudável para seu contexto de vida!!!
**CURIOSIDADE:
O prêmio comentado no texto ocorre desde 1981 (no primeiro ano, ocorreu em parceria com a Marconi International Fellowship, EUA). O evento é um iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), contando ao longo dos anos com parcerias de empresas e fundações privadas, com ou sem fins lucrativos. Neste ano, 2015, o tema foi Segurança Alimentar e Nutricional.
Vocês já ouviram falar em Segurança Alimentar e Nutricional? Este tema abrange o direito de todo ser humano ao acesso a alimentos em quantidade e qualidade adequadas. Isto significa alimentos seguros do ponto de vista sanitário, biológico, nutricional e tecnológico (sua composição e produção), provenientes de uma produção que seja economicamente e ambientalmente sustentável e integrada num sistema de geração de renda, no qual temos o dever de incentivar sobretudo a agricultura tradicional e familiar. Além disso, é fundamental dentro da Segurança Alimentar e Nutricional ofertar informações sobre o acesso a alimentos "bons e limpos", assim como proporcionar o acesso de todo ser humano à produção e oferta de alimentos que sejam condizentes com sua cultura .
A definição de segurança alimentar e nutricional pode ser encontrada na Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional - LOSAN, Lei 11.346/2006, no artigo 3º:
Você consegue imaginar a variedade de preparações culinárias que são excluídas ao retirarmos estes ingredientes? Desde a cerveja convencional até alimentos que carregam em si um caráter religioso e espiritual (como a hóstia ofertada no momento da comunhão durante as missas católicas). Os estudos na área crescem muito, facilitando a condução do tratamento e melhorando a qualidade de vida desses sujeitos. Apesar do "boom" em relação aos adeptos à dieta sem glúten, influenciados muitas vezes inclusive por profissionais de saúde na mídia, este tipo de dieta é de condução difícil e nada aconselhável para quem realmente não tem a digestibilidade do glúten comprometida (escreverei um outro post sobre os riscos de fazer a dieta sem acompanhamento e/ou sem necessidade).
É justamente por essa dificuldade em encontrar alimentos que sejam prazerosos e aceitáveis que trago como boa notícia a pesquisa da Nutricionista Fernanda Garcia dos Santos. A nutricionista apresentou pelo programa de mestrado da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) - Santos a pesquisa intitulada "Inovação para o desenvolvimento de pães sem glúten de boa qualidade tecnológica, sensorial e nutricional: contribuições para o tratamento dietético dos doentes celíacos e demais intolerantes ao glúten" durante o XXVIII Prêmio Jovem Cientista, em Maio deste ano. A Nutricionista em sua pesquisa formulou um pão sem glúten com alta aceitabilidade sensorial e composição nutricional interessantíssima! Ela foi ganhadora do terceiro lugar no prêmio.
Na pesquisa, a Nutricionista juntamente com as outras estudantes envolvidas puderam elaborar um pão no qual não seja produzido o glúten no momento de seu processamento (utilizaram farinhas integrais de sorgo, trigo sarraceno e grão de bico, além das de arroz e fécula de batata). O pão alcançou aceitabilidade sensorial (cor, textura, sabor, aroma) desejáveis. O pão continua sendo aperfeiçoado pelo grupo de pesquisa responsável e em breve esperamos que seja comercializado para a felicidade dos celíacos!!!
As pesquisas e os estudos em Nutrição não param, os avanços são constantes e de extrema importância para toda a comunidade! Por isso, rever e aperfeiçoar nossa atuação se faz necessária sempre. Contem com profissionais da área para lhe auxiliarem a encontrar a forma de se alimentar mais saudável para seu contexto de vida!!!
**CURIOSIDADE:
O prêmio comentado no texto ocorre desde 1981 (no primeiro ano, ocorreu em parceria com a Marconi International Fellowship, EUA). O evento é um iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), contando ao longo dos anos com parcerias de empresas e fundações privadas, com ou sem fins lucrativos. Neste ano, 2015, o tema foi Segurança Alimentar e Nutricional.
Vocês já ouviram falar em Segurança Alimentar e Nutricional? Este tema abrange o direito de todo ser humano ao acesso a alimentos em quantidade e qualidade adequadas. Isto significa alimentos seguros do ponto de vista sanitário, biológico, nutricional e tecnológico (sua composição e produção), provenientes de uma produção que seja economicamente e ambientalmente sustentável e integrada num sistema de geração de renda, no qual temos o dever de incentivar sobretudo a agricultura tradicional e familiar. Além disso, é fundamental dentro da Segurança Alimentar e Nutricional ofertar informações sobre o acesso a alimentos "bons e limpos", assim como proporcionar o acesso de todo ser humano à produção e oferta de alimentos que sejam condizentes com sua cultura .
A definição de segurança alimentar e nutricional pode ser encontrada na Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional - LOSAN, Lei 11.346/2006, no artigo 3º:
"A segurança alimentar e nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis."
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