A preocupação com o que comer sempre foi algo marcante na forma de viver do ser humano. Em cada época, uma forma de preocupar-se diferente, dependendo do contexto cultural, político e social dominante. O texto da nutricionista Maria Luiza Petty no blog GENTA traz justamente essa questão do dilema que o onívoro do século XXI passa- diria eu que não somente o onívoro, mas todas as vertentes de comedores do nosso século. Afinal, as opções para o que comer são imensas, e dizem as más línguas que você é o que você come!! Quanta pressão, não acham?
Existir uma vasta gama de opções para incorporarmos como comida é maravilhoso. O problema está em termos que abrir mão de determinadas opções, devido ao não acesso financeiro, logístico etc.
O alimento orgânico ilustra bem a questão do não acesso da comida boa, limpa e justa (expressão utilizada pelo movimento do Slow Food) para todos aqueles que gostariam de optar por tal. Somos bombardeados por notícias sobre os malefícios dos agrotóxicos nas frutas e hortaliças comumente consumidas; vem então a opção do orgânico- que na verdade deveria ser a única opção, já que os estudos mostram os efeitos avassaladores das plantações convencionais, não é? Porém, o incentivo estatal para o orgânico é ainda precário, os custos para os produtores acabam sendo maiores, o que eleva o preço do produto e, consequentemente, diminui a procura por tal, formando um ciclo repleto de interferentes. Confesso que adoraria poder consumir somente produtos orgânicos e comprados em feiras, direto dos produtores, pois acho muito interessante a ideia de estar consumindo algo que se conhece a procedência do cultivo, gerando, a partir do contato com o produtor, um maior conhecimento sobre a origem daquele alimento. Contudo, ainda é caro!
Ainda não escolhemos realmente o que iremos comer e o que irá para nossa mesa. Somos bombardeados de informações que nos levam ao dilema do que comer;entretanto, somos comedidos a consumir apenas o que nos cabe escolher.
muito bom fê!!!
ResponderExcluirAh, Vanessa, que bom que gostou!:) Vou querer sua opinião nas próximas postagens tbm, heim? ;) Beijos!!
ExcluirMuito bom seu texto, espero que você continue a passar suas informações que são um enorme incentivo a nós gordinhos. Quero te fazer uma pergunta, por que nos hospitais não podemos marcar uma consulta diretamente com uma nutricionista ?.
ResponderExcluirOlá, Rubens! Muito obrigada pelo comentário, fico realmente feliz ao saber que o texto, de alguma forma, chegou até você positivamente! Quanto à questão do agendamento de consultas com nutricionistas, isso é algo muito interessante de se falar. Percebo que isso ocorre principalmente porque ainda vivemos em uma "medicalização" do setor de saúde. Passamos por muito tempo tendo a categoria médica como principal figura, e por que não dizer única figura, do setor. Hoje, sabe-se que as demandas de saúde das populações são complexas demais para serem atendidas de forma tão centralizada, porém a mudança de pensamento e atitude é algo extremamente gradual e lenta, leva-se tempo e esforço de todos os profissionais. A busca pelo profissional de Nutrição cada vez maior,Rubens, contribui para que esse cenário modifique-se mais rapidamente!
ExcluirOi Fernanda Sabatini, muito bacana voce falar do fato em que somos bombardeados por não coma isto, não coma aquilo.Quando não temos acesso ao que voces nutricionistas e médicos nos recomendam.Gosto muito do entusiásmo que fala de comida.Não tenho problema de obesidade mas gosto de comer bem e corretamente.Ontem fiz uma postagem aqui e não vi publicada em seu blog.Um grande abraço.
ResponderExcluirObrigada por deixar seu comentário, Vilma! A Nutrição é uma ciência/arte linda e complexa! E trata de algo realmente muito bom:comer rs!! Sua postagem não apareceu mesmo! Se puder, publique-a novamente, por favor!! Um forte abraço e não deixe de acompanhar as próximas postagens ;)!
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